sexta-feira, 5 de abril de 2013

Gostar do meu filho é:

Querer dar-lhe beijos até o cansar Querer trincá-lo de apetitoso que é Adormecê-lo a dormir Vê-lo dormir durante horas e sorrir Contar a mesma história 35 vezes…por dia Cantar/ ouvir a mesma canção 47 vezes...por hora Rir das piadas que só têm graça para mim Pensar de 20 em 20 minutos – “O que estará ele a fazer/ sentir/ pensar/ comer…?” Olhar para ele e pensar sempre: És o melhor do meu mundo!

Quando tenho tosse

Quando tenho tosse acordo. Quando a tosse é forte fico com a cabeça a latejar e surgem pensamentos como este: A importância associada ao desenvolvimento / aquisição de competências pessoais e sociais ganhou um peso extraordinário nestas últimas décadas. A tríade interação - cognição - emoção é a mais letal detentora da potencial adaptação ao meio. A tomada de consciência da existência de uma coisa chamada inteligência emocional foi gravemente impactante nas decisões tomadas no que diz respeito à educação. E assim são chamadas à ação as competências fundamentais para que os putos desenvolvam um futuro brilhante. A assertividade, a confiança, o respeito, a tolerância, a cooperação, etc. As competências são treináveis...mas também há quem treine a mesquinhez, a manipulação, a intolerância, a ganância, a incompetência, and so on and so on. Para acreditar que amanhã será melhor que hoje é preciso que hoje seja muito bom, para amanhã ser ótimo. Trocando por miúdos ( salvo seja): A educação de hoje é o futuro de amanhã. Não é?! Qual educação? Aquela que a família dá. Aquela que a escola vende e as famílias compram. Aquela que o ensino superior vende aos intervenientes sociais (educadores, professores, psicólogos, assistentes sociais, animadores sócio-culturais, pedagogos, advogados, enfermeiros, médicos...). Aquela que os dirigentes e intervenientes locais apostam para a comunidade. Aquela que o governo define que é a melhor para vender àquele povo específico daquele país. Podia continuar por aqui acima. Cada interveniente faz o seu papel. Qual papel? Surge-me outra convulsão de tosse e lá está a cabeça a latejar outra vez... Mas a base da educação é a modelagem, não é? A história de que aprendemos por imitação. Oh caneco, então vamos lá esclarecer uma coisa : O " olha para o que eu digo e não para o que faço" tem que ser abolido. Baralha, atrapalha, refrate e empata. As competências adquiridas tão bem enleadas nos valores individuais e grupais dos educadores sociais serão aquelas que amanhã estarão ampliadas nos alunos de hoje. Tenho que me levantar para parar de tossir que estou quase a vomitar. (Desculpem) Por isso é que não posso admitir deixar-me convencer por olhos de bambi... Bem sei que é possível e exequível pessoas com as motivações inversas àquelas que valorizo fazerem acontecer coisas nas quais acredito e invisto...mas o sabor... Eu até tenho uma amplitude gustativa grande, mas este sabor particularmente, não sou fã. Crença: o avanço a qualquer custo não enriquece e sim apodrece, envenena, decompõe na pior feze. Se calhar (as palavras preferidas do meu filho ultimamente) a forma e o conteúdo tem que ser bem pesados e medidos...valorizar só a forma e descuidar o conteúdo NÃO FUNCIONA. Obrigada, já estou melhor da tosse.